A humanização do território deverá ter tido um caráter ininterrupto, desde o neolítico até aos nossos dias, com desenvolvimento de atividades ligadas ao rio e à terra. Sucessivamente, as populações autóctones assistiram à romanização e depois à chegada dos visigodos e dos muçulmanos, aos avanços e recuos da reconquista e à consequente estabilização política e administrativa da região, nas mãos da Ordem de Santiago.

Desde então, e a par do uso das margens para a salinicultura, as atividades agrícolas da produção de legumes e da viticultura, tiveram aqui grande importância, aliás, e de acordo com as Visitações da Ordem de Santiago no Barreiro em 1553, já esta atividade fazia apelo ao trabalho de mão-de-obra sazonal, das Beiras e do Alentejo, que em parte por aqui se foi fixando.