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Proto Indústria | Complexo Real de Vale de Zebro

Complexo Real de Vale de Zebro

Complexo Real de Vale de Zebro

A par dos fornos lisboetas da Porta da Cruz, funcionavam em Vale de Zebro no séc. XV, os Fornos de El Rei, aos quais em 1653 D. João IV deu regimento, regulando o empreendimento constituído por 27 fornos, armazéns de cereal, cais de embarque e um moinho de maré com 8 moendas, e “onde se fabrica os biscoitos para as Armadas, Naus da Índia, Conquista, e Fortalezas do Reino”. A designação de biscoito advém do latim - biscoctu – e consistia num pão feito sem sal nem fermento e, como o nome latino sugere, “cozido duas vezes” ficando completamente desidratado. Preservado em barricas este pão aguentaria a viagem sem azedar, só necessitando de ser humedecido para ser consumido. Esta “munição de boca” era fornecida aos tripulantes das naus sob forma de ração diária de 428 gramas por dia. 

Após o terramoto de 1755 o edifício dos Fornos ficou bastante danificado, pelo que foi reconstruído dentro da traça pombalina, ainda hoje visível, nos aspetos exteriores da arquitetura e nas abóbadas de berço interiores. O almoxarifado foi extinto em 1776, e o edifício mais tarde serviu para albergar os Inválidos da Marinha e depois a Escola de Torpedos. 

Hoje, acolhe o Museu do Fuzileiro na Escola de Fuzileiros.

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