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Industrialização e associativismo | O caminho-de-ferro no Barreiro

O caminho-de-ferro no Barreiro

O caminho-de-ferro no Barreiro

Em 1854 foi adjudicada, a um grupo de capitalistas, a construção da linha ferroviária ao Sul do Tejo. Cinco anos mais tarde (1859) a estação principal estava praticamente concluída e dali partiu o Rei D. Pedro V, no dia 2 de Fevereiro, em viagem oficial até Vendas Novas. O serviço abriu à exploração comercial em 1861.
O edifício possuía as melhores condições, apenas o acesso dos passageiros do cais de embarque no Mexilhoeiro para a estação, se mostrava deficiente e muito incómodo. O problema resolveu-se com a construção da nova estação em 1884, projetada pelo Engº Miguel Pais, dotando o novo términus de um cais acessível que transformaria o Barreiro no principal entreposto de ligação e transporte de pessoas e mercadorias, entre o Norte e o Sul do País.

A antiga vila ribeirinha torna-se, a partir de então, atrativa para a instalação de indústrias convertendo-se num dos maiores centros industriais do país e da Península Ibérica e muito procurada por operários e suas famílias, oriundas sobretudo do Alentejo, Algarve e Beiras, que aqui encontraram trabalho e se fixaram.
O caminho-de-ferro, início do processo industrial, deixou uma herança que se encontra materializada no significativo património edificado, de que é exemplo a primitiva estação hoje Oficinas EMEF, a antiga Estação Ferro Fluvial do Sul e Sueste, a Rotunda das Máquinas, troços e ramais ferroviários, depósitos de água, armazéns, doca e bairros habitacionais, entre outras instalações ferroviárias.

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